quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Poema erótico de Manuel Bandeira - A Cópula

Esse poema do Manuel Bandeira foi presenteado a Zuenir Ventura quando esse era aluno de Bandeira. Segundo Ventura, Bandeira costumava reunir alguns alunos em seu apartamento para conversas e num desses encontros deu esse poema de presente a ele. Zuenir Ventura o publicou em seu livro "Minhas histórias dos outros", e segundo ele mesmo disse, são versos que fariam corar o Drummond de "O amor natural".

Confira:



"A Cópula

Manuel Bandeira


Depois de beijar-lhe meticulosamente

O cu, que é uma pimenta, a boceta, que é um doce,

O moço exibe à moça a bagagem que trouxe:

Culhões e membro, um membro enorme e tungescente.

Ela toma-o na boca e morde-o. Incontinente,

Não pode ele conter-se, e, de um jacto, esporrou-se.

Não desarmou porém. Antes, mais rijo, alteou-se

E fodeu-a. Ela geme, ela peida, ela sente

Que vai morrer: -“Eu morro! Ai, não queres que eu morra?!”

Grita para o rapaz que aceso como um diabo,

Arde em cio e tesão na amorosa gangorra

E tilitando-a nos mamilos e no rabo

(que depois irá ter a sua ração de pôrra),

lhe enfia cona a dentro o mangalho até o cabo."